Os jovens advogados e a entrada no mercado de trabalho

A BAS esteve uma vez mais presente nas feiras de emprego das Faculdades de Direito da Universidade de Lisboa e da Universidade Católica, organizados pelos respetivos Gabinetes de Saídas Profissionais e Carreiras. Este é um ponto de encontro entre alunos de Direito e futuros empregadores para preparar o futuro.

A sociedade de advogados valoriza a participação nestas iniciativas e acredita ser importante estar próxima das novas gerações de profissionais e potenciais candidatos que estão prestes a entrar no mercado de trabalho.

 

Na primeira pessoa

Para perceber os principais anseios e expectativas destes advogados em formação fomos auscultar os advogados estagiários da BAS, Liliana Almeida Fernandes, José Sousa Carneiro, Jéssica Ferreira Faria e Beatriz Correia Mendes sobre a sua experiência anterior enquanto alunos e futuros candidatos nestes eventos universitários.

Quando questionados sobre o que foi mais útil neste tipo de iniciativas, José Sousa Carneiro considera serpermitir um primeiro contacto com o mercado de trabalho de uma forma mais informal, o que motiva o aluno a dirigir questões específicas aos interlocutores do outro lado”. Jéssica Ferreira Faria, por sua vez, considera que “a mais-valia passa pelo contacto com os recrutadores, na primeira pessoa, e pela possibilidade de adquirir uma visão global sobre o mercado de trabalho”.

Sobre o tipo de dúvidas e esclarecimentos que pediram às entidades presentes, Beatriz Correia Mendes referiu que estavam relacionados com o modo como funcionavam as sociedades e os respetivos estágios profissionais, nomeadamente, se eram rotativos e quais as áreas de trabalho principais.

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Novos tempos

O que mudou desde a altura em que eram finalistas e atualmente com o primeiro contacto com a realidade profissional e jurídica na BAS? Estão todos de acordo que são realidades muito diferentes. Para Liliana Almeida Fernandes, “a prática é profundamente diferente do que se aprende na faculdade”, mas a jovem acredita que “as inseguranças fazem parte e ainda bem, pois obriga-nos a uma superação diária”. Na opinião de José Sousa Carneiro, é necessária uma grande capacidade de organização mental e manter um elevado índice de produtividade, pese embora que nem todas as matérias sejam pré-compreendidas pelo recém-licenciado. Por sua vez, Beatriz Correia Mendes considera que “a passagem da vida académica para a vida profissional consubstancia uma das principais mudanças da vida de uma pessoa. O nível de responsabilidade aumenta substancialmente, e paralelamente, passamos a ter uma autonomia maior”.

E que conselhos que dariam a um jovem candidato a emprego numa sociedade de advogados? Liliana crê que o principal é ouvir, observar, apreender e perguntar sempre, sem medos. José Sousa Carneiro aconselha a não ter receio das entrevistas e dos processos de recrutamento, ser confiante e tentar ser o mais natural possível, enquanto Beatriz Correia Mendes indica que a oportunidade de fazer um estágio profissional rotativo, onde se possa ter contacto com as diversas áreas do Direito, como uma boa opção.

Por fim, quisemos saber o que deve um estudante de Direito valorizar ao que Jéssica Ferreira Faria referiu “a realidade que o envolve, por forma a conseguir ponderar e pensar nas situações concretas do dia-a-dia”, enquanto Beatriz Correia Mendes sugere que se “deve investir na aprendizagem de línguas e sobretudo na experiência extracurricular, que nos ajuda a desenvolver as soft skills”.

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