Parar e reavaliar as prioridades

You cannot stop the waves, but you can learn to surf”

A gestão do stress e criação de resiliência é vital para nos mantermos focados, sobretudo nesta nova realidade de pandemia que coloca tudo em perspetiva. Quando, de repente, somos obrigados a parar, tremem os pilares da sociedade e as estruturas das empresas.

É preciso aprender a surfar as ondas e a tirar partido desta “pausa forçada” para reequacionar alguns dos nossos comportamentos.

São várias as mudanças no estilo de vida atual, com as medidas de prevenção contra a COVID-19, entre elas a adaptação ao teletrabalho com crianças em casa, com ou sem aulas virtuais. Quem tem filhos tem de pensar em diferentes formas de adaptar a sua rotina.

Trabalhar e ser produtivo são duas questões completamente diferentes.

De repente, somos (parece) donos do nosso tempo e das nossas decisões, mais responsáveis pelo nosso papel no mundo. Por outro lado, podemo-nos sentir perdidos na gestão do tempo passado em casa e ao mesmo tempo que enfrentamos o atual desafio de isolamento social ficamos mais vulneráveis e expostos às nossas emoções e pensamentos.

Existe ainda outra realidade que nos açambarca totalmente. Passamos a viver uma vida online à distância, contatos online e digitais com clientes, tele escola dos nossos filhos, aulas de ginásio ou webinars online. Isto cria uma situação que é uma solução de compromisso, mas pode também dar origem ao burnout.

Podemo-nos lembrar de momentos do passado nas nossas vidas e talvez no presente, quando o “copo” estava cheio, meio cheio ou a transbordar, num tempo em que era o trabalho ou a casa o motivo de stress – ou ambos.

Saúde mental

Ao longo das nossas vidas, passamos por muitos momentos de sensação de bem-estar, alternando com ansiedade e por vezes mesmo de episódios depressivos, o que é normal.

A saúde mental positiva raramente é um estado absoluto: fatores dentro e fora do trabalho afetam-nos, movendo-nos para cima ou para baixo num intervalo que varia de bom a menos bom ou mau. O stress pode manifestar-se física e emocionalmente, seja no humor, sono (ou insónia), dieta e aparência, além de outros sintomas físicos – como as palmas das mãos suadas, sentirmo-nos corados ou com sensação de calor.

É importante manifestar junto de amigos, colegas, familiares ou mesmo junto de profissionais de saúde, quais os nossos sintomas e as consequências do stress, de forma a aprendermos que a melhor gestão é a sua prevenção.

Se pudermos aprender os sinais e dos outros com quem nos relacionamos, as estratégias para lidar com a situação e trabalhar as ferramentas para enfrentar e surfar as nossas próprias ondas, podemos começar a ajudar-nos uns aos outros. Podemos aprender que a felicidade é também uma decisão nossa.

E, por último, mas não menos importante, sejamos gentis. Talvez seja preciso nos reorganizarmos e colocarmo-nos no lugar do outro e sentir ou pensar como gostaríamos de ser tratados.

Pessoas felizes fazem negócios felizes.

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